segunda-feira, 24 de março de 2008

5ª Viagem: 2º Interrail (08/08/2007-09/09/2007)




Estou de volta! Ou voltei! Entrar no quarto, não o reconhecer sequer, nem me lembrar que em Abril comprei um computador (uma das luzinhas do meu quarto)..Lembrei-me de ver o resultado do Roger Federer na final do US Open na Internet, mas nem me lembrei de pôr a ficha e ligar a televisão. Hoje é 3a feira ainda nem sequer um telejornal vi, isto apesar de já ter passado horas em frente ao ecrã do computador a teclar um pouco e mais tempo ainda e isso sim o importante a organizar todas as fotos (-las em pastas separadas, na posição correcta e nalgumas até corrigir a luz e os contrastes). Arrumar o quarto e toda a desarrumação (roupa, higiene pessoal, malas, postais e papeis…) apenas ontem a partir da 0.30 como se a mente quisesse prolongar os momentos dessa viagem.
Esta descrição toda com que objectivo!? Para dizer que se a viagem for realmente sentida e vivida, nos absorve completamente, faz-nos desligar a ficha da vida dita normal, faz com que esta pareça distante e vista sobre uma luz baça e algo intermitente (o facto de quase não ter tido telefone acentuou essa experiência).
A nossa vida “normal” parece que se tornou em algo que está num passado distante, envolto em sombras, do qual nem nos lembramos (ou que não nos queremos lembrar, será!?) de um modo inconsciente, ou seja, existe uma translação do que sentimos e vivemos como vida “normal”, e esta passa a ser os dias de viagem: o acordar cedo e dormir pouco (tentativa de esticar o tempo para aproveitar o máximo de horas); comer nem sempre o melhor e dormir em sítios que por vezes não são os mais confortáveis (isto com o objectivo de poupar €, pois isso pode fazer depender as durações das viagens), planear a visita a uma cidade (dormidas, comer, locais a visitar…).
Quando viajamos acompanhados (eu este ano experimentei essa sensação) penso que a relação com essa pessoa sofre uma evolução, pode ser positiva ou negativa, mas existe sempre: o chamado “momento da verdade” em que estamos com a pessoa 24 sobre 24 horas num meio estranho. Como este ano sempre que estive acompanhado por períodos mais longos falei no meu idioma (Mana: ilhas Gregas; Zaqueu: Roma e Florença; Pedro e Paulo (Porto): Istambul; e única excepção ao português: Yannis e Vanessa: Larissa; Constanso e Tatiana:Roma – isto apesar de estas excepções não serem períodos tão longos como os que falava português “Puro e Duro”) penso ainda que existe menos atenção e abertura à cidade, às pessoas, à língua, pois estamos num núcleo semi-fechado em que nos sentimos confortáveis, por outro lado se tudo correr bem (com a pessoa) em certas zonas (como nas ilhas Gregas) penso que se torna mais divertido faze-lo acompanhado.
Quando viajamos sozinhos penso que estamos mais abertos às cidades, à língua, à cultura, pois necessitamos de estar ocupados e todas estas vertentes conseguem faze-lo, e (muito importante) às outras pessoas pois todas as pessoas precisam de contacto, e sendo o ser humano um animal social, é natural que este exista, daí a importância do conceito Hostel e dormitório para os “Backpackers”, onde se chega isolado e se acaba por conhecer sempre ou quase sempre alguém (se se estiver aberto a isso), ou até nos comboios, ferrys, etc..Nunca se sabe de onde pode nascer uma nova conversa, que leve e estabelecer uma nova relação.
Outro tema que acho importante frisar a Autencidade (para mim e falo apenas por mim), quando viajo sinto-me mais autêntico, mais verdadeiro, mais livre, mais aberto a tudo (pessoas, situações, locais…) em suma mais real e comunicativo, e não com uma “saca” de máscaras defensivas às costas.
E para finalizar penso que as viagens me fazem:crescer e muito, tornam-me mais feliz e me tornam mais desenvolto e flexível nas diferentes tomadas de decisões e em diferentes ocasiões, em suma penso que trazem ao de cima o melhor de mim.


14/08/2007

2 comentários:

Rita disse...

Pricisas viajar muito mais... ainda se vê muito pouco de bom em ti!! :P

C. disse...

concordo aki com o comentario da rita:p a brincar claro...a foto d veneza tá mt bonita...tal cm as tuas outras fotos das viagens...e axo k tens razao, conhecer sitios novos traz ao d cima o melhor d cada um d nós=) um beijinho gd