quarta-feira, 19 de março de 2008

Há vezes

E já agora que é dia de festa, mais um texto que já foi escrito e hoje fica aqui editado..=)

Há vezes que me sinto frustrado por ser ocidental, ou será simplesmente por ser humano!? Saber que tanta “coisa” se passa no Mundo, e não mexer uma palha para alterar tal situação! Pensar “isso é coisa da política e economia”, enfim dos grandes “tubarões” que controlam tudo”, e viver em piloto automático! Deixar as decisões para que outros as tomem por nós é um erro! Não fazer nada em relação a isso é um erro consciente, venha o diabo e escolha em ser feliz inconsciente ou miserável consciente. Eu prefiro a segunda opção ao menos vivo lúcido, sabendo a minha inutilidade para o bem do mundo, se fico frustrado com isso? Há vezes… Existem dias em que vivo tão ocupado na minha esfera pessoal que não existe morte de criança, guerra noutro país (Iraque por exemplo), genocídios em África (Quénia neste momento, pelo menos, para além de “Sudões e & Lda”) que me comova ou me chame sequer a atenção, um dos factores que penso que explica tal situação será a desumanização da morte que os media divulgam a toda a hora e a todo o instante, não estou a criticar os jornalistas (bem hajam) que nos dão conhecimento do que se passa em qualquer local remoto do planeta, fazem mais que muitos…mais que eu fazem de certeza, apenas o simples facto que a morte entra pelas nossas casas dentro a toda a hora e a todo o instante, efeito principal? Banalização da morte, indiferença para com os outros seres humanos que sofrem as perdas, e nos retratam histórias do mundo actual, outro factor é a simples indiferença do que acontece aos outros não interessa, a menos que tal aconteça a pessoas que conheçamos, ou saiba-mos que atrás de um nome está uma pessoa, um ser humano com que estabelecemos contacto, aí quando algo menos positivo acontece e dependendo do grau de profundidade do relacionamento que essa pessoa tem connosco, reagimos de diferentes maneira desde um simples “ai coitado…e logo esquecer o assunto”, até uma possível depressão profunda se essa pessoa já não apenas ela mas ela connosco. Resumindo quanto mais profundamente essa pessoa tiver dentro da nossa esfera pessoal mais sofremos, daí uma conclusão que irá revoltar as almas mais bondosas, somos Egoístas!! Sofremos não pelo outros mas por nós mesmos!! Por outro lado Há vezes que me sinto mais desperto para questões que não pertençam à minha esfera pessoal, sendo que o cinema (bem haja a 7a arte a mais bela de todas, para mim claro) tem um papel fulcral nessas situações. De momento estou me a lembrar do dia em que vi o Censurado documentário feito sobre a guerra no Iraque, com base em vídeos disponíveis na Internet, blogs e imagens captadas por soldados americanos, grupos fundamentalistas islâmicos e pelas estações “nativas” do país, e da raiva que senti em certas ocasiões do filme, claro está na violação de uma adolescente iraquiana e massacre da sua família por parte de alguns soldados americanos, até uma verdadeira comoção na altura das fotografias que aparecem em slide no final do filme, e da descrição de “herói de guerra” por parte de um soldado americano que esteve semi-presente na noite de tal hediondo acto, e que nada fez para evitar tal situação. E do filme Hotel Ruanda, sobre o genócidio ocorrido em 1994 ( o mais grave desde 2a Guerra Mundial) por parte da etnia Huto contra a Tutsi em Ruanda, possivelmente um milhão de mortos, sem confirmação como é óbvio. O que tem em comum à partida estes filmes situados em áreas de tão distintas do globo? Quanto mais não seja a tentativa de despertar o espectador para problemas globais que aconteceram, ou estão a acontecer. Eu como crítico natural dos ocidentais, e do ser humano, pertencendo claro está a ambos, e estando bem deitadinho na minha caminha com lençóis de flanela, bem nutrido, saudável, com água potável e luz para ver onde ponho cada “gota” de tinta, vejo uma relação óbvia entre o que se passou em Ruanda em 1994, o que se está a passar agora no Quénia e o conflito no Iraque, a explicação vem já tenha calma. Conclusão: criámos nos Ocidentais todo este tipo de problemas e conflitos (Epá mas este tipo é parvo, concluí antes de explicar peço desculpa mas tudo o que ele escreve não tem qualquer tipo de credibilidade, eu logo na 1a frase dele fiquei logo convencido da idiotice, agora tenho a certeza, para mim acabou-se não leio mais). Quando a Europa na 2a metade do século XIX, dividiu África aos retalhos, basicamente criou o maior problema da História Moderna, transformou áreas sem fronteiras em área delimitadas, sem apelo nem agravo pelos “nativos” que lá viviam, resultado tribos e etnias que eram amistosas ou se odiavam foram separadas/unidas sob uma mesma bandeira, alguém inteligente me consegue explicar o resultado? Pois eu logo vi que não tinha coragem para me explicar. Quanto ao Iraque e a região do Golfo Pérsico o problema surgiu posteriormente, quando se descobriu o poder ou as potencialidades do Ouro Negro, e todo o negócio que este propícia. Não me consegue também explicar o resultado? Pensava que para esta já tinha a resposta, mas pelos vistos enganei-me (deixe lá já é hábito enganar-me). Agora a ponte que liga uma região a outra e que atormenta a alma de nós ocidentais: Terrorismo!! (terrorismo? Eh lá que ponte tão rebuscada; não me consigo conter pára de escrever otário és rídiculo) quando a ONU mostra a sua fraqueza, o que acontece quase sempre, ah esqueci-me que quem ler isto acredita na bondade do ser humano e na credibilidade das instituições internacionais, os habitantes daquele país, independentemente de serem atacados por países vizinhos caso da Sérvia e da Bósnia (Sarajevo 1992-1995), países Ocidentais (Iraque 2002-????) ou simplesmente por etnias dentro do mesmo país, será que realmente será o mesmo país? Ou uma fracção de diferentes etnias? Epá já estou confuso, quando a ONU não faz NADA, se limita a assistir, como todos nós assistimos ao telejornal, é natural que surja revolta, ódio, desprezo por todos os que ficaram de braços cruzados a assistir, qual o melhor território para “semear” o Terrorismo? Acho que desta já sabe a resposta. Quem cria o Terrorismo em última instância não são os fundamentalistas sou EU, TU, ELE/ELA, NÓS,VÓS, ELES/ELAS que nos limitamos a assistir sentados, ou deitados como é o caso felizes da vida por viver numa bolha onde estes temas pelos vistos não tocaram (apesar de na última se ouvirem falar de “rumores” de um possível ataque). Peço desculpa para terminar uma citação: “O SER HUMANO, É O ANIMAL MAIS PERIGOSO DE TODOS”.

24/01/08

1 comentário:

Anónimo disse...

fxeÉ papoila sim senhoras!!! Eu já de disse o que achava destes textos.. Keep Going my Friend