quinta-feira, 27 de março de 2008

segunda-feira, 24 de março de 2008

6ª Viagem:Barcelona com o Morais (25/10/2007-29/10/2007)




Apenas hoje vou acabar este texto que está inacabado à quase um mês, motivos? Falta de tempo, inspiração (principalmente) e tema/assunto.
Ontem para ajudar acabei o 2º volume de Mitologia Geral (Maria Lamas) onde li acerca da Mitologia do Hinduísmo, Budismo, Chinesa e Japonesa, ou seja mitologias vindas do outro lado do Mundo e coincidências será!? Onde encontrei referências a Zaratrustra (mitologia Iraniana Vs Assim Falava Zaratrustra de Nietsche) e a Siddhârta ( nome de nascimento de Buda Vs Siddhârta de Hermann Hesse); ontem também comprei o Poder do Agora, de Eckhart Tolle vindo da secção espiritualidades!!, aconselhado pelo Yannis por volta do dia 22 de Agosto no Interrail)-vamos ver o que o livro me revelará. Das coisas que me aconteceram no últimos mês e tirando os exames claro, vêm algumas coisas que me fizeram pensar, tais como:

-Não ter sentido antipatia pela personagem de Jodie Foster no filme “Estranha em mim” de Neil Jordan, onde ela acaba por matar por vingança;
-Querer acreditar que o meu caminho não é aqui, nem em lado nenhum;
-Música nos “ouvidos” derivados dos leitores de MP3, e o Universo particular que estes recriam;
-Ligações entre livros que li anteriormente , com outros mais recentes, e a sensação que me possam estar a direccionar para um determinado caminho , que actualmente não consigo determinar, mas que um dia espero vir a compreender qual é;
-A ilusão que pode representar a arte da fotografia.


Desenvolvendo cada um destes tópicos:
Na lei da Selva que já referi anteriormente (num pequeno texto de 14 de Julho de 2007) sobrevive o mais forte em tudo, existe um ditado que diz: “Olho por olho, dente por dente”, ou até outro mais conhecido (talvez devido ao Kill Bill): “A Vingança é um prato que se serve frio”, tudo isto apenas para referir que a natureza humana, sendo cruel e brutal consegue traduzir essa mesma brutalidade em ditados com os quais nos habituamos a conviver, e que traduzir bastante bem sentimentos com que lidamos no dia-a-dia, daí compreender-mos a reacção da personagem do filme e apesar de ela se ir “afundando” (será??) cada vez mais, não deixamos de sentir simpatia pelo seu objectivo, como chegamos mesmo a desejar que ela o cumpra e se livre dos seus “demónios” particulares, neste caso expiação através da vingança.
O desejo é forte, a vontade também porém deve ser refreada, para não atrapalhar o momento presente, devo-me tentar concentrar no meu curso para o acabar, depois com um canudo no bolso e sentido de responsabilidade, saúde e força de vontade irei correr o meu planeta , usar os meus sentidos e o meu EU e partir à descoberta de tudo o que me rodeia, e que rodeia os outros;
A música uma das artes que eu venero, durante estas últimas semanas adquiriu para mim um significado ainda mais especial, emprestaram-me um MP3, com este pequeno objecto e sempre que quero, posso me abstrair de situações barulhentas, stressantes, desinteressantes em termos musicais ou banais, e entrar no meu Universo onde oiço o que quero, quando quero sem ter que afectar os outros. Porém pode ter um defeito, abstrairmos-nos por vezes da realidade global de um local, e não conseguir-mos “absorver” o espaço em toda a sua verdadeira dimensão.
O último livro que acabei de ler: Mitologia Geral (2º Volume) faz referência a duas personagens Zaratrustra e Siddhârta, de dois escritores alemães Nietsche e Hermann Hesse de livros que li, não sei se existem coincidências, ou se tudo faz parte de um caminho que deve ser trilhado, mas é engraçado depararmo-nos com situações destas, e devemos estar atentos a estas situações, não sendo demasiado crédulos nem demasiado incrédulos, mas tentar perceber o significado das coisas, não necessariamente imediato, mas que se vai revelando, à medida que se vive (e não sobrevive).
E para terminar este pequeno texto de pequenas reflexões, o último tema: a ilusão que pode representar a arte da Fotografia. Esta arte como todas as suas irmãs, tem muito que se lhe digam. Mas para mim nesta e com o novo mundo aberto, pelo formato digital, a ilusão, convive lado a lado com a realidade; não podemos manipular o mundo quando fazemos o click, e quando a nossa lente foca determinada situação, isso não podemos fazer, mas podemos depois dela estar no nosso computador, rodar, cortar endireitar, mudar as sombras, a luz, as tonalidades, o brilho, a cor, enfim transformar a realidade, numa nova muito mais apelativa visualmente visto ser a única coisa que uma fotgrafia consegue reproduzir (nem cheiro, nem som, nem tacto ou sabor), a realidade resume-se assim a uma única componente, talvez a mais glorificada a visão, e tudo o que a visão nos faz sentir. Não quero com isto dizer que tudo não passa de ilusão, apenas que ilusão/realidade realmente presenciada estão separadas/unidas por uma linha muito ténue que por vezes não conseguimos ver.

24/11/2007








5ª Viagem: 2º Interrail (08/08/2007-09/09/2007)




Estou de volta! Ou voltei! Entrar no quarto, não o reconhecer sequer, nem me lembrar que em Abril comprei um computador (uma das luzinhas do meu quarto)..Lembrei-me de ver o resultado do Roger Federer na final do US Open na Internet, mas nem me lembrei de pôr a ficha e ligar a televisão. Hoje é 3a feira ainda nem sequer um telejornal vi, isto apesar de já ter passado horas em frente ao ecrã do computador a teclar um pouco e mais tempo ainda e isso sim o importante a organizar todas as fotos (-las em pastas separadas, na posição correcta e nalgumas até corrigir a luz e os contrastes). Arrumar o quarto e toda a desarrumação (roupa, higiene pessoal, malas, postais e papeis…) apenas ontem a partir da 0.30 como se a mente quisesse prolongar os momentos dessa viagem.
Esta descrição toda com que objectivo!? Para dizer que se a viagem for realmente sentida e vivida, nos absorve completamente, faz-nos desligar a ficha da vida dita normal, faz com que esta pareça distante e vista sobre uma luz baça e algo intermitente (o facto de quase não ter tido telefone acentuou essa experiência).
A nossa vida “normal” parece que se tornou em algo que está num passado distante, envolto em sombras, do qual nem nos lembramos (ou que não nos queremos lembrar, será!?) de um modo inconsciente, ou seja, existe uma translação do que sentimos e vivemos como vida “normal”, e esta passa a ser os dias de viagem: o acordar cedo e dormir pouco (tentativa de esticar o tempo para aproveitar o máximo de horas); comer nem sempre o melhor e dormir em sítios que por vezes não são os mais confortáveis (isto com o objectivo de poupar €, pois isso pode fazer depender as durações das viagens), planear a visita a uma cidade (dormidas, comer, locais a visitar…).
Quando viajamos acompanhados (eu este ano experimentei essa sensação) penso que a relação com essa pessoa sofre uma evolução, pode ser positiva ou negativa, mas existe sempre: o chamado “momento da verdade” em que estamos com a pessoa 24 sobre 24 horas num meio estranho. Como este ano sempre que estive acompanhado por períodos mais longos falei no meu idioma (Mana: ilhas Gregas; Zaqueu: Roma e Florença; Pedro e Paulo (Porto): Istambul; e única excepção ao português: Yannis e Vanessa: Larissa; Constanso e Tatiana:Roma – isto apesar de estas excepções não serem períodos tão longos como os que falava português “Puro e Duro”) penso ainda que existe menos atenção e abertura à cidade, às pessoas, à língua, pois estamos num núcleo semi-fechado em que nos sentimos confortáveis, por outro lado se tudo correr bem (com a pessoa) em certas zonas (como nas ilhas Gregas) penso que se torna mais divertido faze-lo acompanhado.
Quando viajamos sozinhos penso que estamos mais abertos às cidades, à língua, à cultura, pois necessitamos de estar ocupados e todas estas vertentes conseguem faze-lo, e (muito importante) às outras pessoas pois todas as pessoas precisam de contacto, e sendo o ser humano um animal social, é natural que este exista, daí a importância do conceito Hostel e dormitório para os “Backpackers”, onde se chega isolado e se acaba por conhecer sempre ou quase sempre alguém (se se estiver aberto a isso), ou até nos comboios, ferrys, etc..Nunca se sabe de onde pode nascer uma nova conversa, que leve e estabelecer uma nova relação.
Outro tema que acho importante frisar a Autencidade (para mim e falo apenas por mim), quando viajo sinto-me mais autêntico, mais verdadeiro, mais livre, mais aberto a tudo (pessoas, situações, locais…) em suma mais real e comunicativo, e não com uma “saca” de máscaras defensivas às costas.
E para finalizar penso que as viagens me fazem:crescer e muito, tornam-me mais feliz e me tornam mais desenvolto e flexível nas diferentes tomadas de decisões e em diferentes ocasiões, em suma penso que trazem ao de cima o melhor de mim.


14/08/2007

4ª Viagem:Viagem ao Alto Alentejo com a minha mãe (28/04/2007 –30/04/2007)




O Alto Alentejo (pelo menos nesta altura do ano) é um espaço mágico, verde muito verde, salpicado aqui e acolá de violeta, amarelo e branco (flores), azul (lagos e charcos), castanho (campos de cultivo) e vários tons de verde mais escuro (sobreiros e oliveiras sobretudo) e não esqueçamos o preto das estradas que nos deixam passar no meio de todo este fantástico espaço (seja ele físico, emocional e temporal). A luz e sombra devido ao sol, nuvens e vento contribuem favoravelmente para esta noção de espaço “Mágico”.
As vilas e aldeias cada uma com as suas particularidades albergam população maioritariamente mais envelhecida, mas sempre muito prestável e simpática, o que acaba por cativar o viajante, onde ainda se respira vagar, tempo e ofícios em vias de extinção.
O Alqueva ou a barragem desta povoação também merece destaque, porquê? Porque apesar de inexistência de estética do betão armado “cru” e por mais horrível que possa parecer, conseguiu transformar a região num espaço muito mais rico, variado, cheio de vida e dinâmica, assim o “feio” cria o “bonito” um pouco como a história infantil da Bela e do Monstro que nos ensina a não julgar as aparências, deste modo devemos sempre realmente “ver” e não apenas “olhar” pois a aparência não passa muitas vezes de um engano para os olhos, mas eu não quero vir para aqui falar de um assunto mais que batido e rebatido, não! Não é esse o meu objectivo.
Então do que quero eu falar? Dinheiro!? Carros!? Mulheres/Homens!? Porque não? se são esses que ocupam grande parte dos pensamentos da população; Será Paz!? Amor!? Justiça!? Porque não? se são esses que ocupam grande parte de pessoas menos materialistas; e quem sabe se for o Tempo!? A existência ou inexistência de Deus!? O espírito e o corpo!? Assuntos mais bem entregues a Filosófos e aos verdadeiros Sábios. Do que quero eu falar então!? De NADA!! De nada? (mas então depois desta conversa, toda o tipo diz que não vai falar de NADA? Mas que porra é esta!?.)
Resposta: não posso falar do que não sei, e não vou opinar sem saber, como tal a minha Ignorância não me permite tecer juízos acerca destes assuntos, talvez um dia? Quem sabe nunca? Poderei tentar escrever algo sobre estes assuntos, até lá abrirei os olhos, o nariz, as mãos, os ouvidos, e a boca e talvez a minha Ignorância se torne menos Ignorante e Intolerante para o Mundo que me rodeia e tudo o que nele existe.

01/05/2007

3ª Viagem: 1º Interrail (09/08/2006-11/09/2006)




Depois de um mês e mais uns pozinhos a viajar pela Europa, e de ter visto “A lenda de 1900” acho por bem escrever um pouco mais no meu caderninho.
O interrail é uma escola de Vida, abre a mente, e traz conhecimento e percepção de novas:pessoas, cidades, ideias e pensamentos, culturas e paisagens…e muito mais, porém mais importante que “apenas” ver é usar os 5 sentidos e sentir as cidades, sim porque as cidades são como as pessoas, são seres vivos, seres vivos compostos por muitos seres que lhe moldam a face, a forma, o cheiro, o som e a própria alma, é assim um Ser altamente dinâmico, estando em constante mutação.
A viagem deste modo ganha uma nova dimensão, não de carácter meramente material, mas entrando num campo mais espiritual, as viagens são assim para o viajante a descoberta do mundo e do “Eu”, deixando o carácter mais materialista para o turista. Sim porque há dois tipos de pessoas que viajam, o turista e o viajante, o turista anseia pela procura do calor constante, pelo status que a viagem lhe proporciona e pela ausência de qualquer tipo de dificuldade, pois para a maioria são “meras” férias; o viajante vê a viagem como a procura incessante do conhecimento do “Eu” e do mundo, a escapatória para uma vida repetitiva, constante e estática, a procura do infinito e do desejo de liberdade.Porém uma coisa é certa nem todos nasceram para ser “vento”, nem todos para serem “árvores” o importante é cada um descobrir a sua verdadeira essência e tentar aproveitar ao máximo o que cada uma, de melhor proporciona, porque ambas tem vantagens e desvantagens, como tudo na vida não há nada perfeito.
Assim o melhor conhecimento que podemos ter é o de reconhecer a nossa própria ignorância, abrir a mente e tentar saber-mos cada dia que passa um pouco mais, independente de ser considerado um conhecimento, cultural, físico, espiritual, sentimental, conversas triviais… o necessário é a Evolução do Ser.

14/09/2006

2ª Viagem: Madrid com o Nuno (10/04/06-13/04/06)

Depois de uma conversa em Malaspiña (bar de tapas de eleição) com o Nuno e depois da leitura do Evangelho (Saramago).
O Bem e o Mal (ou Deus e o Diabo). Poderão existir os dois existir um sem o outro? O bem de alguém, poderá ser o bem do outro? Quem sabe se o seu bem é o correcto, e o do outro o errado? Quem somos nós (Ocidentais) para decidir o que é o bem do Mundo? Porque será que somos tão prepotentes para decidir-mos tudo conforme nossa vontade? Tantas perguntas, tão poucas respostas, ou respostas que abrangem o pensamento de alguém.
Para mim nem bem, nem mal podem existir separadamente, se tal fosse possível, viveríamos noutra realidade ou noutro planeta, pois nós humanos não conseguimos fugir à nossa verdadeira natureza animal, somos cruéis e maus, com pequenas doses de bondade e humanismo.
O bem sendo um juízo de valor de cada um tem necessariamente único e indissociável da própria pessoa, e como tal nunca poderemos afirmar veemente que o nosso bem é o correcto, pois sendo o bem um conceito subjectivo não há o totalmente certo e o totalmente errado.
Nós Ocidentais habituamos-nos a considerar os outros povos (principalmente muçulmanos) bárbaros e selvagens, mas e se nos pusermos no outro lado da moeda; e se os muçulmanos estivessem na nossa situação de poderio económico e militar e nós estivéssemos na idade média a queimar pessoas na fogueira, que eram considerados extremistas!? O mundo evolui bem como as mentalidades, a nossa Idade Média já passou, a dos EUA está no auge, mas em vez de caravelas e espadas, temos agora aviões a jacto e armas de destruição maciça com um poder destrutivo imensamente maior, como tal os tempos são difíceis, pois nós Europa somos subserventes e testemunhas silenciosas do novo “Deus” do Mundo que vai até aos outros povos por motivos económicos fazendo passar a mensagem que o fazem para o bem da humanidade (superioridade ideológica e interesses de valores), pondo a sua própria sociedade escrava da denominada cultura do medo.
Seremos nós Ocidentais, assim tão diferentes dos muçulmanos? Que cada tire as suas próprias conclusões.


15/04/2006

1ª Viagem: Norte de Portugal (3/08/05-18/08/05)


Este texto inicia todas as breves reflexões que costumo fazer quando "vou dar uma volta" por esse Mundo, claro que Portugal está incluído, que eu saiba ainda não foi atraído para o espaço, se bem que possa lá estar próximo =) :

Para além claro está, de neste momento poder dizer “Eu estive lá” ou “Eu conheço”, mais importante que o conhecimento dos sítios por onde passei, é o conhecimento de novas pessoas, ideias, pensamentos e realidades, mas o maior de todos eles é o conhecimento de nós Próprios, as viagens mudam-nos um pouco, mas acho isso natural, pois como referi anteriormente tomamos consciência de outras “coisas” que nos rodeiam.
Acerca do ser humano, não aprendi, mas saio desta viagem com essa ideia reforçada, o ser humano não foi feito para estar sozinho, apenas lida bem com a solidão quando está ocupado, nem que seja com o passatempo mais banal, quando nos deitamos a pensar na vida (o que às vezes é preciso) geralmente não pensamos no que temos e na nossa sorte, mas antes no que não temos e queríamos ter, porque? Talvez por sermos um ser insatisfeito por Natureza e por querermos atingir a perfeição, que nunca conseguimos alcançar, ou seja, por mais que o ser humano tenha quer sempre mais, e não há nada a fazer pois é a nossa natureza Primordial, alimentada por uma sociedade cada vez mais consumista, só espero que sucumbamos quando não atingirmos o que queremos, pois com tanto querer alguma coisa havemos de não ter.
A Vida é assim mesmo, por isso não à que ficar desiludido com ela.

18/08/2005

quarta-feira, 19 de março de 2008

Há vezes

E já agora que é dia de festa, mais um texto que já foi escrito e hoje fica aqui editado..=)

Há vezes que me sinto frustrado por ser ocidental, ou será simplesmente por ser humano!? Saber que tanta “coisa” se passa no Mundo, e não mexer uma palha para alterar tal situação! Pensar “isso é coisa da política e economia”, enfim dos grandes “tubarões” que controlam tudo”, e viver em piloto automático! Deixar as decisões para que outros as tomem por nós é um erro! Não fazer nada em relação a isso é um erro consciente, venha o diabo e escolha em ser feliz inconsciente ou miserável consciente. Eu prefiro a segunda opção ao menos vivo lúcido, sabendo a minha inutilidade para o bem do mundo, se fico frustrado com isso? Há vezes… Existem dias em que vivo tão ocupado na minha esfera pessoal que não existe morte de criança, guerra noutro país (Iraque por exemplo), genocídios em África (Quénia neste momento, pelo menos, para além de “Sudões e & Lda”) que me comova ou me chame sequer a atenção, um dos factores que penso que explica tal situação será a desumanização da morte que os media divulgam a toda a hora e a todo o instante, não estou a criticar os jornalistas (bem hajam) que nos dão conhecimento do que se passa em qualquer local remoto do planeta, fazem mais que muitos…mais que eu fazem de certeza, apenas o simples facto que a morte entra pelas nossas casas dentro a toda a hora e a todo o instante, efeito principal? Banalização da morte, indiferença para com os outros seres humanos que sofrem as perdas, e nos retratam histórias do mundo actual, outro factor é a simples indiferença do que acontece aos outros não interessa, a menos que tal aconteça a pessoas que conheçamos, ou saiba-mos que atrás de um nome está uma pessoa, um ser humano com que estabelecemos contacto, aí quando algo menos positivo acontece e dependendo do grau de profundidade do relacionamento que essa pessoa tem connosco, reagimos de diferentes maneira desde um simples “ai coitado…e logo esquecer o assunto”, até uma possível depressão profunda se essa pessoa já não apenas ela mas ela connosco. Resumindo quanto mais profundamente essa pessoa tiver dentro da nossa esfera pessoal mais sofremos, daí uma conclusão que irá revoltar as almas mais bondosas, somos Egoístas!! Sofremos não pelo outros mas por nós mesmos!! Por outro lado Há vezes que me sinto mais desperto para questões que não pertençam à minha esfera pessoal, sendo que o cinema (bem haja a 7a arte a mais bela de todas, para mim claro) tem um papel fulcral nessas situações. De momento estou me a lembrar do dia em que vi o Censurado documentário feito sobre a guerra no Iraque, com base em vídeos disponíveis na Internet, blogs e imagens captadas por soldados americanos, grupos fundamentalistas islâmicos e pelas estações “nativas” do país, e da raiva que senti em certas ocasiões do filme, claro está na violação de uma adolescente iraquiana e massacre da sua família por parte de alguns soldados americanos, até uma verdadeira comoção na altura das fotografias que aparecem em slide no final do filme, e da descrição de “herói de guerra” por parte de um soldado americano que esteve semi-presente na noite de tal hediondo acto, e que nada fez para evitar tal situação. E do filme Hotel Ruanda, sobre o genócidio ocorrido em 1994 ( o mais grave desde 2a Guerra Mundial) por parte da etnia Huto contra a Tutsi em Ruanda, possivelmente um milhão de mortos, sem confirmação como é óbvio. O que tem em comum à partida estes filmes situados em áreas de tão distintas do globo? Quanto mais não seja a tentativa de despertar o espectador para problemas globais que aconteceram, ou estão a acontecer. Eu como crítico natural dos ocidentais, e do ser humano, pertencendo claro está a ambos, e estando bem deitadinho na minha caminha com lençóis de flanela, bem nutrido, saudável, com água potável e luz para ver onde ponho cada “gota” de tinta, vejo uma relação óbvia entre o que se passou em Ruanda em 1994, o que se está a passar agora no Quénia e o conflito no Iraque, a explicação vem já tenha calma. Conclusão: criámos nos Ocidentais todo este tipo de problemas e conflitos (Epá mas este tipo é parvo, concluí antes de explicar peço desculpa mas tudo o que ele escreve não tem qualquer tipo de credibilidade, eu logo na 1a frase dele fiquei logo convencido da idiotice, agora tenho a certeza, para mim acabou-se não leio mais). Quando a Europa na 2a metade do século XIX, dividiu África aos retalhos, basicamente criou o maior problema da História Moderna, transformou áreas sem fronteiras em área delimitadas, sem apelo nem agravo pelos “nativos” que lá viviam, resultado tribos e etnias que eram amistosas ou se odiavam foram separadas/unidas sob uma mesma bandeira, alguém inteligente me consegue explicar o resultado? Pois eu logo vi que não tinha coragem para me explicar. Quanto ao Iraque e a região do Golfo Pérsico o problema surgiu posteriormente, quando se descobriu o poder ou as potencialidades do Ouro Negro, e todo o negócio que este propícia. Não me consegue também explicar o resultado? Pensava que para esta já tinha a resposta, mas pelos vistos enganei-me (deixe lá já é hábito enganar-me). Agora a ponte que liga uma região a outra e que atormenta a alma de nós ocidentais: Terrorismo!! (terrorismo? Eh lá que ponte tão rebuscada; não me consigo conter pára de escrever otário és rídiculo) quando a ONU mostra a sua fraqueza, o que acontece quase sempre, ah esqueci-me que quem ler isto acredita na bondade do ser humano e na credibilidade das instituições internacionais, os habitantes daquele país, independentemente de serem atacados por países vizinhos caso da Sérvia e da Bósnia (Sarajevo 1992-1995), países Ocidentais (Iraque 2002-????) ou simplesmente por etnias dentro do mesmo país, será que realmente será o mesmo país? Ou uma fracção de diferentes etnias? Epá já estou confuso, quando a ONU não faz NADA, se limita a assistir, como todos nós assistimos ao telejornal, é natural que surja revolta, ódio, desprezo por todos os que ficaram de braços cruzados a assistir, qual o melhor território para “semear” o Terrorismo? Acho que desta já sabe a resposta. Quem cria o Terrorismo em última instância não são os fundamentalistas sou EU, TU, ELE/ELA, NÓS,VÓS, ELES/ELAS que nos limitamos a assistir sentados, ou deitados como é o caso felizes da vida por viver numa bolha onde estes temas pelos vistos não tocaram (apesar de na última se ouvirem falar de “rumores” de um possível ataque). Peço desculpa para terminar uma citação: “O SER HUMANO, É O ANIMAL MAIS PERIGOSO DE TODOS”.

24/01/08

Na Lei da Selva

Este texto não é de hoje, mas em dia de "estreia" aproveito para colocar aqui:

Na Lei da Selva! Quem sobrevive!? O mais forte, o mais ágil, o mais veloz, em suma os mais aptos para a sobrevivência e disseminação da espécie.
Na Lei dos Humanos! Quem sobrevive!? O mais inteligente, o mais bonito, o mais charmoso, o mais falso, o mais poderoso.
Nós Espécie Humana gostamos de vangloriar o nosso lado de animais racionais, será que seremos assim tão diferentes das outras espécies animais?
O HOMEM É O ANIMAL MAIS PERIGOSO DE TODOS!! Isto é um dado adquirido, somos movidos por instintos básicos, pela Ganância, Poder, Medo, medo de tudo, do que nos rodeia, da vida, da morte, somos uma espécie completamente toldada e consumida por estes sentimentos.
A nossa sociedade tenta criar-nos numa cultura de valores, de bondade, honra e humanismo, respeito pelo próximo; como é possível tamanha hipocrisia, esta mesma sociedade que se rege pela mesma lei que a Lei da Selva, onde o Lema é este: ”Apenas os mais Fortes, Bonitos, Poderosos, etc....Sobrevivem” quem não tem nenhum destes requisitos serve para Nascer, Crescer, Trabalhar e Morrer..que porra de Mundo mais imperfeito este, assim como nós somos imperfeitos conseguimos criar uma realidade feita à nossa imagem e semelhança. Por isso quando se diz que Deus criou o Mundo e o Homem à sua imagem e semelhança, eu digo que Deus tão Imperfeito!! E se existir deve ser mesmo Bonito, Inteligente, Poderoso, Falso; para nesta vida se sobreviver segundo a Lei da Selva.
Que afinal buscamos nós nesta vida??Alguém me consegue Explicar?? As motivações são pessoais e diversas mas o objectivo final é deixar uma marca, o ser Humano necessita de atenção e como tal precisa de a fazer, seja através de um feito ( desportivo, científico, literário, musical), através de descendentes ou de pessoas que se cruzaram com essa pessoa, de uma lápide gravada....
Sempre queremos mostrar que a nossa Vida não foi vivida em vão, que não foi vazia ou desprovida de significado, mas será que conseguimos?? Ai tantas perguntas retóricas, tanta falta de respostas.
Solução:VIVE!! Ou SOBREVIVE!!


14/07/2007

Início...

Bem, acho que quase todos os que começam um blogue se deparam com esta situação de não saber muito bem por onde começar. Mas ao longo do seu dia-a-dia vão encontrando "inspiração" para deixar aqui um bocadinho de si, dos outros que os rodeiam e do nosso mundo.
A ideia de criar um blogue não vêm de hoje, já vêm de alguns meses...e do facto de mais de uma pessoa ter dito para criar um..nunca levei o assunto demasiado a sério mas hoje ao visitar um blogue de uma amiga minha, fui assaltado pela vontade de finalmente iniciar um.
Não espero mudar o Mundo (seria bastante utópico)..espero por vezes abanar o meu Mundo e tudo o que nele existe sejam ideias, pensamentos, maneiras de ver a realidade, qualquer coisa, não interessa..o importante é tentar evoluir, enquanto pessoa e ser humano.
Agradeço a todos os que passarem de futuro por aqui, e se tornem parte de qualquer mundo.

P.S- Lembrei-me agora que hoje é dia do Pai, apesar de já não o ter, à sensivelmente 12 anos..de vez em quando acabo por me lembrar dele, hoje acabou por ser desses dias..Não vivo triste ou angustiado por não estar cá (não me serviria de muito), mas por vezes momentos destes fazem-me lembrar que é bom que o tempo de Vida seja suficiente (Lifetime is enough).E assim fica quase explicado o nome do Blogue.