segunda-feira, 24 de março de 2008

6ª Viagem:Barcelona com o Morais (25/10/2007-29/10/2007)




Apenas hoje vou acabar este texto que está inacabado à quase um mês, motivos? Falta de tempo, inspiração (principalmente) e tema/assunto.
Ontem para ajudar acabei o 2º volume de Mitologia Geral (Maria Lamas) onde li acerca da Mitologia do Hinduísmo, Budismo, Chinesa e Japonesa, ou seja mitologias vindas do outro lado do Mundo e coincidências será!? Onde encontrei referências a Zaratrustra (mitologia Iraniana Vs Assim Falava Zaratrustra de Nietsche) e a Siddhârta ( nome de nascimento de Buda Vs Siddhârta de Hermann Hesse); ontem também comprei o Poder do Agora, de Eckhart Tolle vindo da secção espiritualidades!!, aconselhado pelo Yannis por volta do dia 22 de Agosto no Interrail)-vamos ver o que o livro me revelará. Das coisas que me aconteceram no últimos mês e tirando os exames claro, vêm algumas coisas que me fizeram pensar, tais como:

-Não ter sentido antipatia pela personagem de Jodie Foster no filme “Estranha em mim” de Neil Jordan, onde ela acaba por matar por vingança;
-Querer acreditar que o meu caminho não é aqui, nem em lado nenhum;
-Música nos “ouvidos” derivados dos leitores de MP3, e o Universo particular que estes recriam;
-Ligações entre livros que li anteriormente , com outros mais recentes, e a sensação que me possam estar a direccionar para um determinado caminho , que actualmente não consigo determinar, mas que um dia espero vir a compreender qual é;
-A ilusão que pode representar a arte da fotografia.


Desenvolvendo cada um destes tópicos:
Na lei da Selva que já referi anteriormente (num pequeno texto de 14 de Julho de 2007) sobrevive o mais forte em tudo, existe um ditado que diz: “Olho por olho, dente por dente”, ou até outro mais conhecido (talvez devido ao Kill Bill): “A Vingança é um prato que se serve frio”, tudo isto apenas para referir que a natureza humana, sendo cruel e brutal consegue traduzir essa mesma brutalidade em ditados com os quais nos habituamos a conviver, e que traduzir bastante bem sentimentos com que lidamos no dia-a-dia, daí compreender-mos a reacção da personagem do filme e apesar de ela se ir “afundando” (será??) cada vez mais, não deixamos de sentir simpatia pelo seu objectivo, como chegamos mesmo a desejar que ela o cumpra e se livre dos seus “demónios” particulares, neste caso expiação através da vingança.
O desejo é forte, a vontade também porém deve ser refreada, para não atrapalhar o momento presente, devo-me tentar concentrar no meu curso para o acabar, depois com um canudo no bolso e sentido de responsabilidade, saúde e força de vontade irei correr o meu planeta , usar os meus sentidos e o meu EU e partir à descoberta de tudo o que me rodeia, e que rodeia os outros;
A música uma das artes que eu venero, durante estas últimas semanas adquiriu para mim um significado ainda mais especial, emprestaram-me um MP3, com este pequeno objecto e sempre que quero, posso me abstrair de situações barulhentas, stressantes, desinteressantes em termos musicais ou banais, e entrar no meu Universo onde oiço o que quero, quando quero sem ter que afectar os outros. Porém pode ter um defeito, abstrairmos-nos por vezes da realidade global de um local, e não conseguir-mos “absorver” o espaço em toda a sua verdadeira dimensão.
O último livro que acabei de ler: Mitologia Geral (2º Volume) faz referência a duas personagens Zaratrustra e Siddhârta, de dois escritores alemães Nietsche e Hermann Hesse de livros que li, não sei se existem coincidências, ou se tudo faz parte de um caminho que deve ser trilhado, mas é engraçado depararmo-nos com situações destas, e devemos estar atentos a estas situações, não sendo demasiado crédulos nem demasiado incrédulos, mas tentar perceber o significado das coisas, não necessariamente imediato, mas que se vai revelando, à medida que se vive (e não sobrevive).
E para terminar este pequeno texto de pequenas reflexões, o último tema: a ilusão que pode representar a arte da Fotografia. Esta arte como todas as suas irmãs, tem muito que se lhe digam. Mas para mim nesta e com o novo mundo aberto, pelo formato digital, a ilusão, convive lado a lado com a realidade; não podemos manipular o mundo quando fazemos o click, e quando a nossa lente foca determinada situação, isso não podemos fazer, mas podemos depois dela estar no nosso computador, rodar, cortar endireitar, mudar as sombras, a luz, as tonalidades, o brilho, a cor, enfim transformar a realidade, numa nova muito mais apelativa visualmente visto ser a única coisa que uma fotgrafia consegue reproduzir (nem cheiro, nem som, nem tacto ou sabor), a realidade resume-se assim a uma única componente, talvez a mais glorificada a visão, e tudo o que a visão nos faz sentir. Não quero com isto dizer que tudo não passa de ilusão, apenas que ilusão/realidade realmente presenciada estão separadas/unidas por uma linha muito ténue que por vezes não conseguimos ver.

24/11/2007








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