quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Wall E


Até ao momento ainda não referi nenhum filme neste blog (pelo menos de modo directo), não por achar o cinema desinteressante ou sequer pela hipótese de não achar nada merecedor de destaque. Nada mais errado, não só sou um cinemadependente do mais alto grau, como já depois da “abertura” do blog encontrei filmes bastante interessantes.
Porém apesar de ter sempre a minha opinião sobre algo que vi no cinema, não a costumo partilhar, desta vez está a ser diferente, porquê!? Talvez porque acho que a Pixar merece destaque e reconhecimento não só por este último filme, mas por todos os que criou até ao presente momento, assim: Finding Nemo, The Incredibles, Cars, Ratatouille e agora Wall E, fizeram com pessoas de todas as idades e não apenas as crianças voltassem a acreditar nos desenhos animados, e como tal voltassem ao cinema para os ver, acreditem que numa época em que ninguém acredita em nada e em ninguém, este facto toma ainda maior valor.
Os cenários são visualmente e graficamente de sonho, quase parece que lhes podemos tocar, as personagens carismáticas, a história interessante, o humor é inteligente e mensagem moral e pedagógica para as crianças e não só, é bem diluída em todos os elementos fazendo passar as mensagens de um modo interessante, em que não se tratando de histórias exclusivamente pedagógicas, esta componente está sempre presente.
Especificamente quanto a este Wall E, acho fabuloso a maneira como os criadores conseguiram pegar num pequeno robot, que praticamente não fala e “humanizá-lo” de um modo tão perfeito. Os cenários não fogem à regra de outros filmes estão excepcionais, as cores, texturas, sombras e luz; o humor mantêm-se refinado como sempre; o enredo prende o espectador e a componente pedagógica foi a melhor de todos os filmes, para além da mais que evidente “faísca” do amor, o filme revela alguns perigos do excesso de tecnologia, a falta de controlo dos humanos sobre a tecnologia criada, as doenças criadas pela inactividade física (obesidade neste filme, poderia ser muito bem diabetes, ataques cardíacos ou AVC´s, se bem que acho que para as crianças de 6 anos não fosse o melhor caminho) e a crise ambiental que deve ser evitada a todo o custo, deste modo, nada melhor que educar os mais novos de um modo interessante e divertido como este filme faz de um modo perfeito.
Por todos estes factos atrás enumerados só posso dizer que adorei mais esta pérola da Pixar, e consequentemente aconselho vivamente a quem voltou a acreditar nos desenhos animados da Pixar principalmente, mas não só (Ice Age por exemplo) a ir ao cinema e relaxar durante aproximadamente 100 minutos.

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